quarta-feira, 29 de julho de 2009

Quimioterapia

A quimioterapia é um dos tratamentos para pacientes oncológicos em que, são utilizados agentes químicos isolados ou em combinação (antineoplásicos) com a finalidade de eliminar células tumorais do organismo.
Todos os pacientes com indicação de tratamento quimioterápico são avaliados pelo médico onde são analisados: idade, o estado nutricional, infecções ocasionais, função renal, hepática e pulmonar, células sanguíneas, uréia, creatinina, bilirrubina, ácido úricos, transaminases e outro exame laboratorial que seja necessário, tipo de tumor, presença de metástase e o seu estágio, a sua condição de vida - "performance status" mais acompanhamento do estado geral, físicos e psicológicos. Somente depois dessa análise detalhada escolhe-se o sistema quimioterápico ideal, a dosagem e o tempo de adminsitração.

Via de administração das doses antineoplásicas e toxicidade
As doses antineoplásicas podem ser administradas pelas seguintes vias:
- Oral: administração pela boca;
- Subcutânea ;
- Intrapleural;
- Intra-retal: administraçãopelo reto;
- Intra-arterial: administração na artéria;
- Intraperitoneal: administração no peritônio;
- Intratecal: administração diretamente no líquido cefalorraquiano;
- Intramuscular: administração no músculo;
- Intravenoso: administração diretamente na veia;
- Intravesical:adminsitração diretamente na bexiga;
- Aplicação tópica.

Cateteres
O uso de cateteres é útil no tratamento quimioterápico. É atravéz dele que as doses antineoplásicas serão introduzidas no organismo. Os mais usados são de longa permanência e podem permanecer implantados por 1 a 2 anos. Estes são classificados em: semi-implantáveis ( Hickman e Broviac ) e totalmente implantáveis ( Port-a-cath ).


Toxicidade do tratamento
Os antineoplásicos usados no tratamento atuam de forma sistêmica atingindo tanto as células cancerígenas quanto as células saudáveis, principalmente as de divisão rápida, provocando efeitos colaterais indesejáveis.
Os sinais e sintomas que serão abordados posteriormente foram devidamente estudados para que fossem traçadas as metas terapêuticas específcas. Não significa que o paciente oncológico venha apresentar todas as reações.
- Toxicidade hematológica:
a) Leucopenia: diminuição da quantidade de leucócitos, principalmente linfócitos, granulócitos e neutrófilos permitindo uma maior suscetibilidade a infecções graves. O paciente pode apresentar febre, presença de secreção etc;
b) Trombocitopenia: hemorragia severa;
c) Anemia.
- Toxicidade gastrointestinal:
a)Náuseas e vômitos;
b) Mucosite ou estomatite: inflamação da mucosa oral e gastrointestinal;
c)Anorexia: Perda de apetite;
d) Diarréia;
e) Obstipação.
- Hepatotoxicidade: A toxicidade do fígado é diagnosticada através da avaliação dos exames laboratoriais em que se observa as fraçoes: TGO, TGP, DHL e fosfatase alcalina.
- Cardiotoxicidade: é quando o tratamento provoca lesão do tecido cardíaco.
- Toxicidade pulmonar: o paciente apresenta padrão respiratório inadequado.
-Neurotoxicidade: complicações neurológicas como: confusão, depressão, sonolência, dismetria, fala pastosa, ataxia, nistagmo, vertigem, convulsões, formigamento nas mãos e pés, dor na mandíbula, garganta e amídalas, cólica badominal, impotência, perda do paladar dentre outros.
- Disfunção reprodutiva;
-Toxicidade renal;
- Alterações metabólicas;
a) Hipomagnesemia: diminuição do magnésio;
b) Hiponatremina: diminuição dos níveis do sódico sérico;
c) Hipercalemia: elevação dos níveis de cálcio;
d) Hiperuricemia : elevação do ácido úrico;
- Toxicidade dermatologica
- Reações alérgicas e anafilaxia



Referências
Bonassa, E.M.A. Enfermagem em quimioterapia. São Paulo, Atheneu, 1992, 279p.
Fundação Oncocentro de São Paulo. Manual de enfermagem oncológica. são Paulo, FOSP, 1996, 190p.
Schwartsmann, G. Oncologia clínica: princípios e prática. Porto Alegre, artes Médicas, 1991, 559p.

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